19 de mai. de 2010

 
 
Aquele que alicerça as amizades em fofocas ou boatos, não é digno de tê-las, pois seu caráter é como terreno movediço.
Se perdeste por pouco um amigo, sinal de que jamais o teve.
 
O homem justo cresce e se desenvolve ético por opção, não por coersão.


Mônicka Christi

5 de mai. de 2010

O CALADO VENCE TUDOOOO


Minha tia sempre me falou que o silêncio vale ouro ... mas euuuu me metia em confusões por causa da minha "boca grande". Possuída daquele sentimento nato de ajudar os outros, estava sempre pronta a falar o que pensava, acabava me metendo na vida alheia e quem se saia mal nas histórias era sempre eu. Várias vezes me vi metida em fofocas ou situações que não tinham nada a ver comigo, mas como eu falava demais, sempre sobrava algo pra mim.

Com o tempo comecei a trabalhar isso, observando meus comentários e para quem os fazia e, principalmente a entender que o que pra mim é uma verdade ou o ponto de vista que defendo, não necessariamente tem que ser assim para o outro. Pelo contrário, na maioria das vezes não é, porque cada um vive o que tem que viver e, inconscientemente ou não, sabe o que é melhor para  si.

Ainda adolescente, li uma vez o texto das Três Peneiras de Sócrates, que caiu como uma luva na minha vida e que levo comigo dentro do coração há muitos anos. Baseada nele, comecei a controlar meus impulsos, que sempre quer falar mais do que precisa. Não é uma tarefa fácil, confesso, mas é constante pra mim esse exercício, pois já senti a maldade das palavras várias vezes na vida. Não só palavras alheias na minha vida, como também palavras minhas na vida alheia.

Passei a observar o perfil das pessoas que têm esse hábito de falar mais que a boca e, embora aparente que a pessoa tem o intuito de nos ajudar, na verdade, são sempre citações com um "quê" de maldade ou inveja. Sempre é! Observe. E os "comentários bobos" vêm sempre acompanhados de um: "Não falei por maldade" ou "Estou falando para o seu próprio bem".
Algumas pessoas então, são mesmo cruéis. Usam a palavra pra fazer o mal, distorcer, inventar, manipular, atrapalhar de alguma forma a vida do outro. Sabe aquela pitadinha de pimenta? Vejo como pessoas que não têm assunto ou são extremamente infelizes. Então, falar mal da vida alheia se torna menos dolorido para si. E dá-lhe língua! Pena que eles esquecem que a vida é um eco e nos devolve exatamente aquilo que damos a ela.
E aquelas pessoas que se mostram tão dignas de confiança a ponto de você abrir os seus segredos? Você, na inocência, conta suas maiores particularidades. Quando percebe, o outro contou da sua vida, da sua história só pra torcida do Flamengo. Mas não se preocupe! Ela teve o cuidado de dizer: "Não conta que eu te contei, viu? Ninguém sabe disso. Só eu!"
É feio, né? É podre. É injustificável. Se não tem nada a acrescentar, prefira ficar de boca feechada. Acho que a gente tem sempre que pensar antes de falar. Principalmente se for sobre a vida de outrem. Se for para falar, que seja para a pessoa interessada, a pessoa envolvida e não pelas costas ou para terceiros. Mesmo assim, só abra a boca quando tiver certeza e só se a pessoa te perguntou antes ou pediu sua ajuda. E, depois de todos esses pequenos cuidados, não se esqueça do primordial: passe pelas três peneiras.