A verdade é que não esquecemos! Apenas mudamos o foco. Passamos a prestar mais atenção em outras coisas, criamos outras prioridades e assim, aquela lembrança vai se afastando, ficando em segundo, terceiro plano, mas basta um pequeno "empurrãozinho" para ela vir a tona novamente.
Precisamos parar de brigar com os nossos sentimentos e emoções.
Tudo o que vivemos, de bom ou de ruim fazem parte da nossa vida, de alguma escolha que fizemos e é o apanhado geral de tudo isso que faz de você o que você é e de mim o que sou neste momento. São as nossas bagagens de vida que vamos carregar por todo o sempre. Não dá para viver apenas os bons momentos e esquecer os ruins, até porque, na maioria das vezes são com eles que aprendemos mais, que crescemos e amadurecemos para na próxima vez tentar agir um pouquinho diferente.
Tenho tentado parar de brigar comigo mesma para esquecer algumas coisas. Hoje tento vivenciar ao máximo o meu luto, me permitir sofrer e chorar. Acredito que apenas assim, esgotando o sofrimento é que conseguimos abandoná-lo mais rápido a um cantinho, a um quartinho de fundos do coração e da mente. Até porque é dessa forma que nós passamos a controlar esse sentimento e paramos de nos deixar controlar por ele. É difícil, tenho recaídas, mas pelo menos, racionalmente, sei o que devo fazer.
"A maior solidão é a do ser que não ama.A maior solidão é a do ser que se ausenta, que se defende, que se fecha,que se recusa a participar da vida humana.A maior solidãoé a do homem encerrado em si mesmo,no absoluto de si mesmo,o que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor, de amizade de socorro.O maior solitário é o que tem medode amar,o que tem medo de ferir e ferir-se"
*Vinicius de Moraes
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